Trilha segura

A chegada do verão remete a férias que pode ser sinônimo de descanso ou aventuras em muitos locais de lazer e entre esses estão os passeios nas matas, florestas e parques que embora sejam lugares aprazíveis, também guardam perigos que podemos evitar com medidas de precaução. Uma dessas atitudes é procurar a vacina contra a febre amarela, uma doença infecciosa causada por um vírus cujo reservatório natural são os primatas não-humanos que habitam as florestas e matas tropicais.

Estudos genéticos demonstraram que esse vírus surgiu na África, há cerca de três mil anos e chegou no Brasil nos navios que traziam escravos para trabalhar nas minas e na lavoura, numa época em que as cidades não dispunham de saneamento básico e estavam infestadas de mosquitos. O resultado desse encontro do vírus da febre amarela com os mosquitos urbanos trouxe trágicas consequências para a saúde da população.

Recentemente, o Ministério da Saúde lançou um sinal de alerta para a população e antecipou a Campanha de Vacinação Contra a Febre Amarela, o motivo foi a identificação de um alto risco de surto nos estados do sul: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Segundo dados do próprio ministério, em 2019 no Brasil, 82 pessoas tiveram febre amarela e 14 morreram.

Febre amarela: sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção

É uma doença infecciosa causada por um vírus transmitido através da picada dos mosquitos infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa. Seus sintomas iniciais são febre com calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores musculares, vômitos e fraqueza.

A doença tem importância epidemiológica por sua gravidade clínica e potencial de disseminação. No Rio Grande do Sul, a Secretaria Estadual da Saúde orienta que todos os municípios do Estado realizem um censo vacinal de febre amarela, principalmente nas áreas rurais.

A vacinação para a população geral contra a febre amarela também está disponível nas Unidades Básicas de Saúde para todos, indicada para pessoas acima dos nove meses e menores de 60 anos. A aplicação em pessoas com mais de 60 anos só é orientada mediante avaliação e prescrição médica.

Não deixe de fazer a trilha, mas faça com segurança. O esquema vacinal é simples: uma dose única, que deve ser administrada pelo menos 10 dias antes do deslocamento para áreas de risco (matas, florestas, rios, cachoeiras, parques e o meio rural).

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