Sobre o racismo

Querido, leitor!

Nos últimos dias, protegendo-se com uso de máscaras, pessoas do mundo todo saíram nas ruas protestando contra o racismo e o fascismo. A frase “Não consigo respirar”, de George Floyd, negro, assassinado por um policial branco, em Minneapolis, nos Estados Unidos, foi o mobilizador desta manifestação de pessoas que sofrem discriminação.

Seu clamor representou toda angústia sufocada por anos de injustiça social, que acontece mundialmente. O racismo estrutural é o meio de manutenção da continuidade deste sofrimento e o fascismo mantém o colapso desta discriminação social e de muitas outras.

Não é difícil fazer a leitura dos sentimentos sociais que borbulham em nós durante anos, pois esta dor é manifesta. A pandemia, por ser um trauma social, deixa exposta os sentimentos mais profundos da nossa sociedade, principalmente, aqueles que nunca foram resolvidos, como o isolamento social. Na Covid-19, o isolamento social, tanto o ficar em casa ou manter distanciamento, é uma forma de proteção e de consciência social. Esta consciência é para que todos possamos ser atendidos, caso precise, num sistema de saúde pública, pois o vírus ataca, principalmente, os pulmões, necessitando de aparelhos para respirar, para poder viver. Já no racismo, o isolamento social é a forma de exclusão social, a pessoa não vive. Respirar representa liberdade. A forma da morte de George Floyd, por asfixia, simboliza a doença social, o racismo. O racismo mata. Este racismo vem ao longo de muitos e muitos anos na nossa história.

A pandemia trouxe várias reflexões e experiências, dentre elas: a correria do dia a dia, a falta de convivência social e familiar, a manutenção da saúde, o distanciamento espiritual, o não cuidado com a natureza e, neste momento, nos desperta para ir contra o racismo e o fascismo existentes em todas as sociedades.

Várias cenas durante o protesto foram importantes. Deixo aqui a lembrança da cena dos policiais ajoelhados, nos Estados Unidos, diante da manifestação contra o racismo. Esse gesto demonstra o respeito e o fim do racismo, também, policial. Para todos nós, representa a força humana que pode transpor qualquer barreira ou ato desumano.

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