Hoje temos as charqueadas como um dos locais mais conhecidos de Pelotas, mas vocês sabiam que tem uma lei que estabelece o Roteiro das Charqueadas? Pois vamos ver como é essa lei e o que estabelece:
A Lei nº 4977, de 14 10 2003, assinada pelo então prefeito Fernando Marroni (PT), instituiu o Roteiro das Charqueadas. Dentro dessa lei fica estabelecido que a rota terrestre inicia na avenida Salgado Filho, entra na avenida São Francisco de Paula (conhecida como Corredor das Tropas) até a avenida Ferreira Viana e até a estrada do Engenho – passando pela ponte dos dois arcos, estrada do Passo dos Negros até a boca do Arroio Pelotas, corredor da prainha e avenida Adolfo Fetter até o Recanto de Portugal, rua Capitão Nelson Pereira – Barão do Corrientes – Auguste de Sant Hilaire – até a estrada da Costa, estrada da Boa Vista, estrada do Cascalho até o Cotovelo e estrada da Galateia.
Dentre os principais locais de referência histórica destacamos:
– As Charqueadas
– O Engenho Coronel Pedro Osório
– O Obelisco Republicano
– A Ponte dos Dois Arcos (No Corredor das Tropas)
– A Ponte dos Escravos (Na Estrada da Costa)
– A Cacimba da Nação
– O Terminal Ferroviário na Boca do Arroio
– O Passo dos Negros (No Canal São Gonçalo)
– Os Passos do Castro, Fontoura, Assumpção, Moreira e Cascaes, Arroio Pelotas.
Hoje ainda muitas pessoas ouvem falar no Passo dos Negros. Realmente, o Passo dos Negros era sobre o São Gonçalo e a passagem era feita por “Pelotas”: O Passo dos Negros e a Ponte dos Dois Arcos constituem-se em fatores fundamentais para o apogeu da região, já que charqueadas havia pelos dois lados do Passo dos Negros. O gado vindo da tablada, local onde se comercializava o gado, vinha pelo Corredor das Tropas, hoje avenida São Francisco de Paula, e descia para a estrada do Passo dos Negros, sendo “tocado” pelos tropeiros para as Charqueadas das margens do Canal São Gonçalo e do Rio Pelotas, pela estrada da Costa passando pela ponte dos Dois Arcos construída pela mão dos escravos (mas isso é matéria para próxima coluna).
Por hoje me despeço, mas continuaremos neste assunto. Fica uma pergunta: – Vocês conhecem a Cacimba da Nação? Isso responderei na próxima coluna, até lá continuem interagindo no nosso Facebook.