Pelotas e Zona Sul: onde o inimaginável pode acontecer!

Sérgio Corrêa, jornalista e radialista.

Economia

Enquanto outras regiões do Estado produziam a maior parte da soja gaúcha, Pelotas fazia parte do circuito econômico da soja com a Olvebra e a Ceval – duas das maiores indústrias produtoras de óleo de soja do país.

Nas duas últimas décadas, seguindo uma crescente nacional e estadual de aumento do cultivo da soja, a Zona Sul multiplicou várias vezes a área cultivada com o referido grão, demonstrando bons resultados em áreas onde o arroz predominava. Agora que a soja está aqui em abundância, as indústrias fecharam e não resta uma!

Economia II

Na pecuária da Zona Sul, o roteiro foi semelhante ao da soja. Pelotas e Capão do Leão orgulhavam-se das plantas dos frigoríficos Anglo, Sudeste, RioPel e Extremo Sul, que abatiam milhares de bovinos diariamente.

O “agro” da Zona Sul segue orgulhoso, segue “tech”, segue “pop”, com grande produtividade e melhoramento genético, mas os frigoríficos… fecharam também!

Hoje, a melhor manchete é a de empresários de outra parte do Estado prospectando o arrendamento do Frigoríco Extremo Sul para retomar as atividades na região. Estes empresários enxergam o que nós apenas vemos!

Comunicação, informação e jornalismo

Pelotas e Rio Grande sempre foram hegemônicas no processo de comunicação por meio de jornais impressos, rádios e canais de TV.

Falando especificamente de Pelotas, das quatro emissoras de rádio que operavam na frequência AM, duas fecharam. Sobreviveram a Tupanci e a Rádio Universidade.

Dos jornais impressos, o centenário Diário Popular e o bem mais jovem Diário da Manhã fecharam, permanecendo como único jornal regional este que você, leitor, agora tem nas mãos: o Jornal Tradição Regional. O mais jovem, prestes a completar um ano de existência é o jornal A Hora do Sul, cujos proprietários não são pelotenses, mas, por algum motivo, resolveram apostar em Pelotas.

Representação política

Na legislatura de 2019 a 2022, na Assembleia Legislativa gaúcha, a Zona Sul tinha cinco deputados estaduais: Fábio Branco (Rio Grande), Fernando Marroni (Pelotas), José Nunes (São Lourenço do Sul), Pedro Pereira (Canguçu) e Henrique Vianna (Pelotas).

Na legislatura seguinte, a atual, de 2023 a 2026, a Zona Sul elegeu apenas dois deputados estaduais: José Nunes (São Lourenço do Sul) e Pedro Pereira (Canguçu).

Representação política II

Sobre representação política, é necessário avaliar a postura de apoio em certa medida do pelotense e governador Eduardo Leite (PSDB) para a construção de um porto em Arroio do Sal, pois isso afetará a economia da região e o porto de Rio Grande.

Também poderemos comprovar a representação política junto ao governo federal anunciada pelos prefeitos de Pelotas e Rio Grande, Fernando Marroni (PT) e Darlene Pereira (PT), respectivamente, assim como do deputado federal Alexandre Lindenmeyer (PT).

Todos terão que comprovar esta boa relação com Lula (PT) defendendo os interesses da Zona Sul com relação à implementação de duas novas praças de pedágios entre Camaquã e Porto Alegre e, provavelmente, mais uma na BR-290 entre Porto Alegre e Guaíba, pois neste trecho, a BR-116 tem mão única em direção à Capital.

Outra pauta para nossos representantes será o fim da concessão da Ecosul e uma nova licitação em 2026. Esperamos tarifas com valores menores, de acordo com as tarifas praticadas em todo o país.

Homenagem

Nossa homenagem a uma parte da equipe que organizou o 13º Festival Internacional Sesc de Música de Pelotas, o maior festival de música de concerto da América Latina.

Da esquerda para a direita: Jéssica Mello, Clovis da Silva, Eduardo Custódio (Duda), Paula Adamoli, Anderson Mueller e Lucas Vidal. (Foto: Paulo Rossi)

Enviar comentário

Envie um comentário!
Digite o seu nome