Pedágio, manifesto e agradecimento

Continuando a pauta da edição passada, questiono você, caro leitor(a), sobre o que pensar sobre o tempo dedicado por advogados, juízes, desembargadores e ministros de Tribunais de Justiça, no processo judicial demandado para suspender o aumento de R$ 0,10 (dez centavos), na tarifa dos pedágios da região Sul.

Nossos representantes políticos, juntamente com os operadores do direito citados anteriormente, ofereceriam melhores resultados caso dedicassem o tempo de trabalho fazendo cumprir a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), para que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), faça a revisão nas tarifas de pedágios das rodovias BR-116 e BR-392, do polo rodoviário de Pelotas na Região Sul do estado.

Um estudo elaborado pelo TCU concluiu que, em duas décadas, o preço do pedágio subiu mais de 500%. Os técnicos responsáveis pelo estudo apontam que, se a tarifa tivesse sofrido a correção correspondente ao acumulado no período, o valor seria R$ 6,80 e não os R$12,30.

Pedágio II

Esse colunista recebeu do senhor Wagner Munhóz, empresário, prestador de serviços com frota de veículos, um extrato demonstrativo contendo os valores pagos por um automóvel da empresa de Munhóz que fez o percurso de Porto Belo, em Santa Catarina, até Pelotas, vejamos os custos!

O referido veículo registrou as seguintes despesas: primeiro pedágio, valor R$ 3,90, localidade BR 101, km 157,400, em Porto Belo/SC; segundo pedágio, valor R$ 3,90, localidade BR 101, km 243,000, em Palhoça/SC – ambos concessão da empresa Autopista Litoral Sul. Terceiro pedágio, valor R$ 4,70, localidade BR 101, km 35,700, em Três Cachoeiras/RS; quarto pedágio, valor R$ 4,70, localidade BR 101, km 19,430, em Santo Antônio da Patrulha/RS; quinto pedágio, valor R$ 4,70, localidade BR 290, km 60,000, Gravataí/RS – os três sob concessão da empresa CCR VIASUL. Sexto pedágio, valor R$ 12,30, localidade BR 116, km 430,79, em Cristal/RS; sétimo pedágio, valor R$ 12,30, localidade BR 116, km 510,775, no Retiro, em Pelotas/RS – estes últimos sob concessão da empresa ECOSUL – Concessionária de Rodovias do Sul.

Pedágio III

Diante do exposto no tópico anterior, percebe-se que para percorrer o percurso de 125km de Pelotas até Camaquã, tem-se o custo de R$24,60. Já para percorrer os 620,7km entre Camaquã, no Rio Grande do Sul, e Porto Belo, em Santa Catarina, paga-se R$21,90.
Os dados expostos acima, por si só, justificam as manifestações de que a população da Região Sul paga, se não o pedágio mais caro do país, um deles!

Manifesto

Na última quinta-feira, um grupo de empresários brasileiros divulgou um manifesto defendendo o atual sistema eleitoral do país e afirmando que a sociedade brasileira deve ser garantidora da Constituição.

Dentre os empresários estão Frederico e Luiza Trajano, do Magazine Luiza; Pedro Moreira Salles e Roberto Setubal, do Banco Itaú Unibanco; Carlos Jereissati, do Iguatemi; Pedro Passos e Guilherme Leal da Natura; e Luis Stuhlberger, gestor do Fundo Verde.

Agradecimento

Como profissional de comunicação, reafirmo o meu compromisso com a informação colocando esse espaço de jornalismo à disposição de qualquer cidadão, cidadã ou empresa da Região Sul, para que juntos possamos contribuir para a construção de uma sociedade menos desigual.

Com esse propósito, agradeço publicamente a contribuição do senhor Wagner Munhóz, com as informações que são públicas. Porém, o fato de ele destinar seu tempo para colaborar com a coluna entregando os documentos, já é um justo motivo de estima e apreço por vossa pessoa.

Portanto, expresso aqui o meu agradecimento.

 

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