Eduardo Leite vendeu para a iniciativa privada, que piorou a vida dos gaúchos
Para vender uma empresa pública, cujo dono ou acionista majoritário é o Estado do Rio Grande do Sul, a constituição gaúcha previa a necessidade de um plebiscito, isto é, o povo gaúcho deveria votar sim para vender e não para não vender.
O governador Eduardo Leite em clara demonstração de desrespeito à democracia, à constituição gaúcha e ao seu mentor político, Bernardo de Souza que ajudou a construir a lei do plebiscito, enviou projeto de lei para a Assembleia Legislativa propondo que os deputados alterassem a constituição gaúcha. E os deputados aprovaram a lei que revogou a necessidade do plebiscito. A população gaúcha não foi consultada, a lei foi aprovada, os deputados autorizaram e o governador a vendeu a CEEE por R$ 100 mil.
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A CEEE distribuição passou oficialmente a ser administrada pelo Grupo Equatorial Energia em julho de 2021, quando o governador Eduardo Leite (PSDB) assinou o contrato de venda da CEEE.
Depois de assumir a CEEE, temporais, ciclones e ventos foram os principais desafios para a Equatorial em sua área de concessão, principalmente em Pelotas e região. Em todos os temporais, assim como no último, ocorrido na quinta-feira dia 21 de março próximo passado, Pelotas e diversas localidades na Zona Sul ficaram sem energia elétrica. Do último temporal até hoje, dezesseis dias se passaram e muitas localidades, permanecem sem energia elétrica e a resolutividade da Equatorial continua péssima, sem efetividade e demorada.
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Na última quarta-feira uma comitiva de prefeitos da Zona Sul composta pelos prefeitos Douglas Silveira, de Cerrito, Márcio Porto, de Piratini, Rogério Cruz, de Jaguarão, Vinícius Pegoraro, de Canguçu, José Cláudio da Silva, vice-prefeito de Arroio Grande e Ivan Scherdien de Turuçu, foi recebida pelo presidente da CEEE Equatorial, Riberto Barbanera.
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Opinião do colunista: provavelmente a resposta da CEEE Equatorial com relação ao atendimento e a falta de energia elétrica pela falta de agilidade e qualidade dos serviços prestados pela empresa, foi a mesma da reunião realizada em 2023 numa sala do aeroporto de Pelotas que contou com a presença do governador Eduardo Leite. A resposta naquela época foi: em três dias ou no máximo até o final de semana os consumidores terão o fornecimento de energia restabelecido.
A história se repete, os prefeitos acreditam, a população não, tanto que, está exercendo o direito de manifestação, interrompendo rodovias federais e estaduais, assim como ruas e avenidas nas cidades, e, sobretudo, ocupando espaços importantes nas redes sociais, nas programações radiofônicas e nas páginas dos jornais.
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Encerramos com a manifestação da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (AGERGS), veiculada pela Rádio Gaúcha na última quinta-feira (4), relatando que a AGERGS emitiu relatório dizendo que a CEEE Equatorial falhou em equipes, veículos e planejamento após o temporal de 16 de janeiro. A fiscalização da AGERGS destacou, por exemplo, que os profissionais escalados não possuíam, em sua maioria, habilitação para lidar com redes energizadas. A empresa ainda usou, majoritariamente veículos pequenos considerados inadequados para o trabalho.