Para quem achava que a CEEE não prestava um bom serviço, privatizou e piorou!

Sérgio Corrêa, jornalista e radialista.

Eduardo Leite vendeu para a iniciativa privada, que piorou a vida dos gaúchos

Para vender uma empresa pública, cujo dono ou acionista majori­tário é o Estado do Rio Grande do Sul, a constituição gaúcha previa a necessidade de um plebiscito, isto é, o povo gaúcho deveria votar sim para vender e não para não vender.

O governador Eduardo Leite em clara demonstração de desrespeito à democracia, à constituição gaúcha e ao seu mentor político, Ber­nardo de Souza que ajudou a construir a lei do plebiscito, enviou projeto de lei para a Assembleia Legislativa propondo que os depu­tados alterassem a constituição gaúcha. E os deputados aprovaram a lei que revogou a necessidade do plebiscito. A população gaúcha não foi consultada, a lei foi aprovada, os deputados autorizaram e o governador a vendeu a CEEE por R$ 100 mil.

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A CEEE distribuição passou oficialmente a ser administrada pelo Grupo Equatorial Energia em julho de 2021, quando o governador Eduardo Leite (PSDB) assinou o contrato de venda da CEEE.

Depois de assumir a CEEE, temporais, ciclones e ventos foram os principais desafios para a Equatorial em sua área de concessão, prin­cipalmente em Pelotas e região. Em todos os temporais, assim como no último, ocorrido na quinta-feira dia 21 de março próximo passa­do, Pelotas e diversas localidades na Zona Sul ficaram sem energia elétrica. Do último temporal até hoje, dezesseis dias se passaram e muitas localidades, permanecem sem energia elétrica e a resoluti­vidade da Equatorial continua péssima, sem efetividade e demorada.

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Na última quarta-feira uma comitiva de prefeitos da Zona Sul com­posta pelos prefeitos Douglas Silveira, de Cerrito, Márcio Porto, de Piratini, Rogério Cruz, de Jaguarão, Vinícius Pegoraro, de Canguçu, José Cláudio da Silva, vice-prefeito de Arroio Grande e Ivan Scher­dien de Turuçu, foi recebida pelo presidente da CEEE Equatorial, Riberto Barbanera.

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Opinião do colunista: provavelmente a resposta da CEEE Equatorial com relação ao atendimento e a falta de energia elétrica pela falta de agilidade e qualidade dos serviços prestados pela empresa, foi a mesma da reunião realizada em 2023 numa sala do aeroporto de Pelotas que contou com a presença do governador Eduardo Leite. A resposta naquela época foi: em três dias ou no máximo até o fi­nal de semana os consumidores terão o fornecimento de energia restabelecido.

A história se repete, os prefeitos acreditam, a população não, tanto que, está exercendo o direito de manifestação, interrompendo rodo­vias federais e estaduais, assim como ruas e avenidas nas cidades, e, sobretudo, ocupando espaços importantes nas redes sociais, nas programações radiofônicas e nas páginas dos jornais.

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Encerramos com a manifestação da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (AGERGS), veiculada pela Rádio Gaúcha na última quinta-feira (4), relatando que a AGERGS emitiu relatório dizendo que a CEEE Equatorial fa­lhou em equipes, veículos e planejamento após o temporal de 16 de janeiro. A fiscalização da AGERGS destacou, por exemplo, que os profissionais escalados não possuíam, em sua maioria, habilitação para lidar com redes energizadas. A empresa ainda usou, majoritaria­mente veículos pequenos considerados inadequados para o trabalho.

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