Laranjal, aqui nasceu… Pelotas!

Salve Pelotas, 208 anos de história, desde que foi elevada à “Freguesia”.
Mas vocês realmente conhecem a nossa história e onde nasceu Pelotas?
Leiam o que escrevi a seguir:

Laranjal, aqui nasceu… Pelotas!
Sim, no bairro Laranjal nasceu a nossa querida cidade de Pelotas, que na data de 7 de julho de 1812 foi elevada à condição de Freguesia com a denominação de São Francisco de Paula e só em 1835 recebeu o nome de Pelotas, já com os foros de cidade.

No entanto, dizemos que no Laranjal nasceu Pelotas, pois a mais antiga das estâncias, por ordem de doação, foi a que recebeu o coronel Thomáz Luiz Osório em 1758, segundo despacho de Gomes Freire de Andrade (O Conde de Bobadela) que era o comandante-geral das Capitanias do Sul, por prêmio ao heroísmo nas guerras guaraníticas. Aí então está caracterizada a primeira sesmaria de Pelotas, que em 1779 foi vendida ao casal Manuel Bento da Rocha e Dª Isabel Francisca da Silveira, com uma área superior a 524 milhões de metros quadrados e que abrangia várias extensões, dentre elas, os atuais balneários do Laranjal e Colônia Z3, já que a fazenda Nossa Senhora dos Prazeres tinha como limites o Arroio Sujo (hoje Colônia Z3) até a Barra do São Gonçalo.

Hoje, a estância do coronel Thomáz Luiz Osório pertence ao casal Gilberto Demari Alves e Ivone Tavares Assumpção Alves e chama-se Estância do Laranjal, onde funciona o Centro Equestre do Laranjal (CELA), na avenida Adolfo Fetter.

Certa feita, em visita à sede da estância, o amigo Alves contou-nos que existe uma lenda que envolve a imagem da Santa – Nossa Senhora dos Prazeres – que se encontra na capela. Por diversas vezes tentaram levar a imagem ao Centro de Pelotas para fazer uma restauração, mas sempre acontecia algo que impedia, tais como temporais, eixos das carretas quebravam, enfim, como se Maria Santíssima não quisesse se afastar daquelas terras. Naquelas épocas da fazenda dos Prazeres, ancoravam ali muitas embarcações à vela, que vinham recolher o fruto das safras de trigo e, principalmente, laranjas que eram plantadas em profusão em toda a extensão que rodeia a propriedade. Dizem que eram tantas laranjeiras que, ao passar de carroça pela estrada, levava-se muito tempo andando entre laranjais (é a versão mais conhecida).

A zona do Laranjal, aconchego dos primeiros açorianos, foi reduto formador de uma cidade, já que na zona que inicia no Areal até o declive do Porto, foi se formando um povoado repleto de casarões portentosos, oriundo da riqueza advinda das Charqueadas, mas aí vem outra história que contarei depois.

Até a próxima publicação, amigos, rezando muito para que termine logo esta pandemia para podermos confraternizar novamente nas nossas entidades tradicionalistas.

Enviar comentário

Envie um comentário!
Digite o seu nome