Na área da imigração alemã, que também domina hoje o Estado, salientamos como tipicamente germânicos os seguintes pratos: salsicha, “sauerkrut” (é muito apreciado pelos que o comem acompanhado de salsicha e purê de batatas), “einsbein” (pé de porco), salada de batatas, pernil de porco, cordeiro assado com repolho, galinhada, chucrute e batata cozida. Quanto aos frios, são indispensáveis na mesa de café dos alemães: manteiga, queijo, salame, salsicha de Viena, presunto, requeijão, “rolmps” (geleia e nata batida). Ponto característico, principalmente na região da Serra Gaúcha, é o café colonial, que já se tornou hábito no Rio Grande do Sul.
A contribuição italiana em nossa gastronomia é um dos poucos aspectos dessa etnia que se introduziu de forma bastante acentuada. Além dos pratos de massa, incluem-se as sopas. Temos, ainda, a polenta, o risoto, o galeto “al mena rosto” e “al primo canto”, galeto à passarinha, as pizzas e a salada de radite.
O gaúcho usa o tempero em suas receitas sem muita sofisticação. Além do vinagre, sal, alho, pimenta do reino, o rio-grandense usa, conforme o prato, a cebola, o tomate, o limão, a pimenta verde, o pimentão, o tempero verde (salsa e cebolinha), manjerona, alecrim, louro, sálvia, colorau, massa de tomate, etc.
A vinha d’alho é um tempero frequente no receituário gaúcho. Muitos não o conhecem por este nome, mas trata-se da mistura do vinagre com alho e sal. Cuide bem: essa receita é fundamental para quase todas as carnes, compõe-se de vinagres, alho e sal, na proporção do peso da carne que se vai cozinhar. Despeja-se o vinagre de qualquer tipo na vasilha que irá ser usada, socam-se os dentes de alho cortados em rodelas numa tábua de carne, colocando-se por cima o sal. Amassa-se com uma colher ou faca até ficarem em pirão.
Mistura-se, após, o vinagre. Está pronta a vinha d’alho, que pode receber uma pitada de pimenta do reino ou outro condimento, conforme indicarem as receitas.