Grandes vultos da Revolução Farroupilha: Domingos José de Almeida

Paulo Souza é colunista do Jornal Tradição Regional e estará autografando as obras nesta sexta-feira (28). (Foto: Divulgação)

Olá, amigos que apreciam as colunas que escrevo sobre Tradicionalismo Gaúcho! Hoje vou destacar um dos grandes vultos da Revolução ou Guerra Farroupilha, cuja história tem muitos acontecimentos em Pelotas e região. Boa leitura!

Domingos José de Almeida

Domingos José de Almeida é apresentado e identificado no prólogo de sua biografia escrita por Barbosa Lessa da seguinte maneira:

“A Guerra dos Farrapos não foi feita, naturalmente, apenas por lanceiros a ca­valo. Ela contou com homens como Domingos José de Almeida. Dono duma charqueada em Pelotas, foi pioneiro na aplicação da energia a vapor e inven­tou as ‘tinas digeridoras’. Construiu também a primeira barca a vapor do Rio Grande do Sul. Em 1835, era deputado à Assembleia Provincial, em Porto Ale­gre. Em 1836, houve a Proclamação da República rio-grandense e instalação do Governo, em Piratini. Domingos era ministro do Interior e, interinamente, da Fazenda. Em 1838, escreveu o Manifesto explicando as razões da Revolu­ção e lançou O Povo, jornal oficial Farroupilha.

Vendeu escravos seus em Montevidéu para comprar fardas, cavalos e uma tipografia para a República. Em tempo: Domingos era mineiro e residia em Pelotas. Entre tantos serviços que lhe são devidos, pode-se citar a direção da imprensa oficial, o estabelecimento de escolas de instrução pública (as pri­meiras no Rio Grande do Sul!), o estabelecimento de um serviço regular de correio e a criação, em Caçapava, de um gabinete de leitura, com cerca de 800 volumes.

Dono de meia-centena de escravos, vários iates de carga e alguns veleiros de alto-mar, associa-se a Rodrigues Chaves e constrói – com máquina impor­tada dos Estados Unidos – a primeira barca a vapor do Rio Grande do Sul, a Liberal. Na viagem inaugural, o jornalista Xavier Ferreira espalha-se em elo­gios gongóricos pelas páginas de sua folha O Noticiador, de Rio Grande. Ocu­pa uma grande casa, tendo por companheiro Xavier Ferreira, até altas horas da noite, ponto de encontro dos exaltados “farroupilhas”, quando acontece a Deposição do presidente Fernandes Braga e fuga do comandante das Armas, em razão do movimento armado de 20 de setembro.

Membro da comissão que elaborou o primeiro projeto de Constituição Repu­blicana. Por iniciativa de Almeida, fundação da única cidade devida à Repú­blica rio-grandense: Uruguaiana.

Em 1845, é assinada a Paz de Ponche Verde, pondo fim à Guerra.

Em 1858, lança o jornal Brado do Sul para defender os interesses dos ex-com­panheiros de luta. Seu nome ficou arcado com uma Avenida muito impor­tante de Pelotas, no bairro Areal.

Em 1871, faleceu em sua residência no bairro do Areal, em Pelotas, no dia 6 de maio.”

Por hoje é só! Até a próxima coluna!

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