Governança com inovação

Eduardo Gil da Silva Carreira, advogado, membro voluntário da Rede Governança Brasil - RGB e pós-graduando em Governança Pública - EBRADI. (Foto: Divulgação)

A inovação e a criatividade criam condições e geram capacidade de transformação, minorando as desigualdades, melhorando processos para entrega de bens e serviços, propiciando resultados satisfatórios. O desafio é equilibrar a saúde orçamentária dentro do planejamento previsto e agregar valor ao que os cidadãos recebem.

O uso rotineiro da palavra governança beira a leviandade; Gover­nança sem conhecimento é mais do mesmo. Relevante a participa­ção de capital humano com conhecimento, habilidade e atitude na sofisticação do ambiente operativo da Administração para melhores políticas públicas. A Governança impacta positivamente nos resultados quando executada com políticas de produtividade coordenadas, com liderança estratégia e controle, diminuindo custos, aumentando a com­petividade e aproximando a Administração da população, prestando serviços customizados ao público alvo. O que gera o afastamento da nada invejável estagnação sistêmica e perpetuação do baixo cres­cimento. A ausência de Governança revela a ineficiência de gastos públicos, inclusive desvios de recursos, e como recente exemplo a falta de planejamento da continuidade da indústria naval em nossa região – e os problemas socias trazidos, bem como a construção e reformas de estádios para Copa do Mundo, que passados mais de dez anos estão em deterioração, por descuido ou má vontade. Isso não constituindo apenas uma ofensa aos recursos do erário, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços para ergue-los.

A alavancagem da prosperidade está intrinsicamente conectada com um ciclo de políticas públicas para o desenvolvimento e susten­tabilidade, antecipando as demandas da comunidade, acelerando as soluções assertivas de problemas sociais. Os vieses ideológicos ou a eventual descontinuidade de governos, não podem sobrepor uma ideia de Estado, do bem estar social, pois o sucesso demanda persistência, e não interrupção dos processos. O recente lançamento da Agência de Desenvolvimento Regional da Zona Sul, não deve ser limitado a sua criação e proposições, mas sim efetivamente tornar-se instrumento de evolução de políticas coletivas para o progresso, com o envolvimento comprometido da sociedade, Poder Público, iniciativa privada e setores de ensino. Os temas ali a serem tratados de forma racional por uma equipe estruturada, devem ser feitos de forma segura, transversalmente, viabilizando as diversificadas potencialidades dos municípios integrados, com visão ambiciosa de futuro.

Inovação traz uma série de benefício, mas sem ser essencialmen­te uma novidade. Passamos por um momento em que os eleitores estão cautelosos com a Política. Os agentes que ora se candidatam devem ter a ideia que oportunidade de servir à coletividade é tarefa de grande honra, devendo, assim, proceder de maneira harmoniosa com o funcionamento da estrutura pública. Bem como, devem estar cercados de pessoas capacitadas com presteza, dedicação e rendi­mento funcional, com ações responsáveis ressoando a mensagem de comprometimento com o que é público. Primar pela otimização dos resultados e atendimento satisfatório às demandas sociais, de forma rápida e precisa, gerando economia aos cofres públicos é a verdadeira inovação!

Advogado OAB/RS 66.391

Membro Voluntário da Rede Governança Brasil – RGB

Pós-Graduando em Governança Pública – EBRADI

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