A verdade e a mentira

Estimado leitor!

Conta a lenda que, a mentira e a verdade encontraram-se. Elas comentavam sobre a beleza do dia, chegando as duas na mesma opinião: “O dia está lindo!”. A mentira, que tinha começado a conversa, desvia o olhar da verdade para o lago e induz a verdade a banhar-se junto com ela, para perceber o quanto a água estava agradável. A verdade tirou suas roupas, assim como a mentira, e entraram nas águas do lago e puseram-se a nadar. A verdade sempre verificando a veracidade das falas da mentira. Chega num prezado momento que, a mentira sai do lago e veste-se com as roupas da verdade. A verdade, incapaz de se vestir com as roupas da mentira, sai nua pelas ruas. Sofrendo os ataques de raiva e fúria das pessoas, por estar nua, a verdade se esconde no poço. A mentira, com as vestias da verdade, percorre o mundo afora.

Estamos vivendo momentos tortuosos em nossas vidas. A vinda do Covid-19, também conhecido como coronavírus, modifica nossos hábitos, comportamentos sociais, nossa forma de gerenciamento com a vida, pensar e repensar os valores das relações e faz-nos questionar também sobre a nossa espiritualidade.

O coronavírus não chega ser um microrganismo, precisando de um hospedeiro para evoluir, células vivas para se replicar e sobreviver. Sim, um vírus também tem sua evolução. Vindo de um processo de zoonose e das intervenções do homem no meio ambiente, propicia a sua mutação e sua evolução. Não é uma gripe simples, pois a forma como ataca, levando um período de incubação entre dois a sete dias, estendendo-se até 14 dias a manifestação dos sintomas, nos deixa uma incógnita se estamos ou não infectados pelo vírus.

Num ambiente que tenha alguma estrutura ou objetos, seja de plástico, tecido ou de aço, por exemplo, o Covid-19 pode ficar vivo em três dias, esperando a possibilidade de um hospedeiro. Podemos perceber, a partir de então, a gravidade de tal situação através de acontecimentos que vem nos cercando desde dezembro de 2019, com o primeiro caso de coronavírus, em Wuhan, na província de Hubei, na China. A corrida pela vida começa a partir de então, pois a enfermidade epidêmica atinge número grande de pessoas e territórios, uma pandemia.

Mesmo com número significativamente grande de doentes e mortes, ainda encontramos algumas pessoas em descrédito ou desconhecendo a realidade sobre o problema, sem interrogar sobre a verdade. Desviam o pensamento do problema real, questionando sobre o ficar em casa, da vergonha em sair de luva e/ou máscara, que a higiene não é para tanto assim, aumentam o valor do produto de mercadorias (álcool em gel, máscara, água sanitária…); e vimos entre estas e muitas outras coisas que dispersões não levam a soluções.

A verdade nua e crua, muitas vezes, não é bem-vinda; pois, não é fácil assumir algo que nos trará grandes sofrimentos, medo, angústia, qualquer outra situação que nos tire do conforto. Entretanto, ela é a nossa verdade. Somente lhe dando com a verdade podemos assumir o real problema e ver a forma como lhe dar com ele. Esta forma faz sair da estagnação, procurar movimentos e ações plausíveis, eficaz. Quando tomamos estas resoluções diminuímos o medo, o pavor, a angústia e a ansiedade.

O problema é social e é de todos nós e cabe a todos nós resolvermos juntos – “FIQUEM EM CASA”.

O nosso coffee-break continua falando sobre as vestias da mentira e da verdade em momento de coronavírus que enfrentamos.

Enviar comentário

Envie um comentário!
Digite o seu nome