A lenta carreta do tempo
Consome a vida que há em nós
E o louco progresso, faz agente,
Esquecer dos nossos antigos avós
Das tantas dificuldades que
Este povo enfrenta sempre valente
A colônia manancial de exemplos
Onde floresce virtudes a cada semente
O colono este eterno soldado
Na luta desigual do dia a dia
Combatendo a miséria da cidade
No suor que lhe judia
Do “caserio” antigo hoje
Amarelado pelo pó da estrada
A arquitetura germânica colonial
Fonte de beleza resguardada
Dos simples canteiros floridos
Ao redor das casas
A imponência das igrejas
Onde a fé ganha assas…
Um povo humilde e trabalhador
Mas quase sempre esquecido da sociedade
De mãos calejadas e alma serena
Vão sobrevivendo à beira da desigualdade
E lá que nasceram os avós dos meus avós
Foi no interior que brotou toda uma geração
E lá onde o galo madruga, com estrelas noiteiras
Onde a natureza renasce em cada rincão
E desta ancestral raiz genuína
Que nasceu, tantos “doutores”
Uns esquecerão seus pais e infância
Pra na cidade tornar-se severos senhores
Outros nem lá nasceram
E “na cidade viram a luz do dia”
Mas quando visitam a colônia
Voltam ao passado que ainda irradia
Que os filhos do amanhã jamais esqueçam
Do suor de seus ancestrais, na terra derramado
Que achem as respostas, as dores que se apresenta
Na memória e exemplo da luta dos antepassados!!