Olá, amigos. Estou trazendo mais uma coluna sobre a história do nosso Rio Grande do Sul. Hoje, escrevo a segunda parte da cronologia, do descobrimento do Brasil até os dias atuais. Na próxima publicação, faremos o encerramento.
Dos 7 povos até a Revolução Farroupilha
1762 – Assinado o Pacto de Família, que anulou praticamente o Tratado de Madri. Ou seja, os 7 povos continuaram sob o domínio da Espanha e a Colônia de Sacramento continuou portuguesa.
1763 – Tropas espanholas invadem o Brasil apoderando-se do Forte de Santa Tereza e a cidade de Rio Grande e de São José do Norte. No período da dominação espanhola começa a brilhar um herói autenticamente gaúcho. Rafael Pinto Bandeira.
1780 – O cearense Domingos José Martins funda em Pelotas a primeira charqueada com características empresariais. Logo, as charqueadas vão ser decisivas na economia gaúcha. O negro entra maciçamente no Rio Grande do Sul como escravo das charqueadas.
1801 – Três heróis rio-grandenses, com poucos seguidores, conquistam para Portugal os 7 Povos da Missões. Aumentou em 1/3 o mapa do Rio Grande do Sul. São eles: José Borges do Canto, Manoel dos Santos Pedroso e Gabriel Ribeiro de Almeida.
1808 – Acossada pelas tropas napoleônicas a família real portuguesa foge para o Rio de Janeiro.
1815 – Tropas brasileiras e portuguesas tomam Montevidéu, anexando o Uruguai ao Brasil com o nome de Província Cisplatina. Nessas lutas até a independência final do Uruguai aparece e ganha prática e galões Bento Gonçalves da Silva.
1822 – O príncipe português Pedro de Alcântara, da casa de Bragança, proclama a independência do Brasil e é aclamado Imperador, com o nome de Dom Pedro I.
1835 – Explode a chamada Revolução Farroupilha. A 20 de setembro, os revolucionários comandados por Bento Gonçalves tomam Porto Alegre, capital da Província. As causas são políticas, econômicas, sociais e militares. A Província de São Pedro do Rio Grande do Sul estava arrasada pelas guerras e praticamente abandonada pelo Império do Brasil, meio desgovernado depois da volta de Dom Pedro I a Portugal.
1836 – Em 11 de setembro, o coronel farroupilha Antônio de Souza Neto, depois de uma estrondosa vitória sobre as forças imperiais brasileiras no Seival, proclama a República Rio-grandense. Nesse mesmo ano Bento Gonçalves da Silva é aprisionado após batalha da ilha do Fanfa e enviado com muitos oficiais farrapos ao Rio de Janeiro e depois para o Forte do Mar, na Bahia. O governo da Nova República se instala em Piratini e Bento Gonçalves da Silva é eleito presidente. Como está preso, assume em seu lugar José Gomes de Vasconcelos Jardim. Piratini é a capital.
1839 – A República parece consolidada, a marinha de guerra está sob o comando efetivo de Giuseppe Garibaldi, corsário italiano trazido ao Rio Grande do Sul pelo conde Livio Zambeccari, através da maçonaria. Os farrapos decidem levar a república para o Brasil. Um exército comandado por David Canabarro e apoiado pela Marinha de Garibaldi proclama, em Santa Catarina, a República Juliana. A capital da República Rio-grandense passa a ser Caçapava do Sul.
1841 – A capital da República Rio-grandense passa a ser Alegrete, onde se instala a Assembleia Nacional Constituinte.
1845 – Em 28 de fevereiro, os farrapos assinam a paz com o Império do Brasil no acampamento do Ponche Verde, em Dom Pedrito. O Rio Grande do Sul volta a fazer parte do Brasil.
Até a próxima coluna, quando descreveremos o nascimento do novo Tradicionalismo Gaúcho.