Coronavírus; Hospital de Campanha; Cidadania

Coronavírus

A prefeita Paula Mascarenhas, é merecedora de elogios pelas estratégias traçadas no combate ao coronavírus até o momento.

Diante da falta de EPIs, da contaminação comunitária e da flexibilização das atividades econômicas, sem falar na indisciplina de parte da população, estamos atravessando esta tempestade sanitária com bons resultados. Até quarta-feira (6), quando foi produzida esta coluna não tínhamos nenhum óbito oficialmente confirmado.

Hospital de Campanha

A estruturação de um hospital de campanha em Pelotas é resultado do esforço do poder público, de pessoas e instituições. Porém, até o momento, o que temos é um centro de atendimento. Sobretudo porque, quando falamos em hospital, pressupõe-se estrutura hospitalar.

Hospital de Campanha I

No local temos camas de madeira, não recomendadas pela dificuldade de higienização – camas hospitalares são de metal.

Colchões para uso hospitalar são revestidos com material impermeável, para higienização nos casos em que pacientes façam as necessidades fisiológicas no leito.

Onde estão os leitos, não há pia com água para limpeza ou higienização dos profissionais de saúde. Quem precisar de água terá que acessar os vestiários.

Não há tubulação para disponibilizar oxigênio nos leitos e, até o momento, não temos informações sobre quantas pessoas já estão treinadas para trabalhar no local.

Hospital de Campanha II

Um dos aspectos positivos foi a colaboração de várias instituições, empresas e pessoas na construção daquela estrutura. Então, como centro de atendimento para pacientes acometidos pela Covid-19 com pouca gravidade, será muito útil, inclusive evitando contaminações em outros locais.

Cidadania

Opinião do colunista: tenho refletido sobre o momento atual. Parte da população em casa, alguns angustiados. Outra parte, composta pelos incrédulos e indisciplinados que criam sua própria realidade, não acreditando no que está acontecendo.

Sinto-me diante de uma janela vendo quem somos, nossos hábitos e nossa realidade. Janela onde cada um passa, carregando a falta de consciência para consigo mesmo, na construção de uma formação social, religiosa, caso queira, econômica e principalmente política.

Cidadania I

Com o advento das redes sociais, muitos se transformaram em mestres do conhecimento, com informações falsas do WhatsApp, distorcidas no Facebook, mal interpretadas no Twitter e teatralizadas no Instagram. Assim surgiram os defensores de verdades alheias.

As pessoas discutem sobre qualquer assunto, independente da falta de conhecimento sobre o tema em questão – situação resultante de uma falsa propriedade do conhecimento produzida pelas informações rasas ou até mesmo falsas que vertem diariamente.

Cidadania II

A falta de interesse da população pelo viver político do município, do estado e do país causa patologias políticas, além de contradições diversas.

A população vota para eleger vereadores, prefeitos, deputados, governadores, senadores e o Presidente da República. Depois de votar, parte dessa população que exerceu a soberania conferida pelo voto, deseja fechar o Congresso Nacional, onde estão os eleitos com o voto.

Aqueles que não votam, anulam ou votam em branco, carecem dessa consciência de cidadania, pois outorgam aos que votam o direito de escolha.

Cidadania III

A ausência de cidadania permite que políticos não façam nada para diminuir os 50 mil cargos públicos com foro privilegiado que são julgados em Tribunais Superiores – enquanto isso o cidadão é julgado pela justiça comum.

A Constituição garante a todos o direito à saúde, no entanto, o que vemos são pessoas morrendo enquanto aguardam uma cirurgia, um exame ou até mesmo atendimento médico.

Além do Presidente da República, deputados e senadores tem direito a plano de saúde custeado com dinheiro público, porém, estes benefícios são conferidos através de lei. Se você não concorda, não precisa fechar o Congresso. Pergunte a seu deputado ou senador o que ele vai propor para mudar isso – se não fizer nada, não vote mais nele!

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