Há algum tempo, tenho levantado a bandeira do afeto. É um grande desafio, afinal, quando trazemos este tema para as nossas vidas e aos nossos negócios parece que perdemos um pouco de credibilidade, parece que é algo pouco praticável, o que deveria ser bem diferente, porque as nossas vidas e os nossos negócios são feitos de pessoas para pessoas e afeto está presente ou deveria estar em todas as conexões que fazemos.
Mas o afeto que defendo não é só o carinho em si, é a consciência afetiva, ou seja, conhecer aquilo que nos afeta e aquilo que afeta os outros, seja positivamente ou negativamente, para podermos ser responsáveis a nos comportarmos afetivamente.
Tornar então este tema mais presente nos dias pode colaborar para a melhora dos nossos resultados, sejam eles na esfera pessoal ou na esfera profissional, pois quando o afeto é prioridade, passamos a pensar melhor, a nos comportar melhor e, por consequência, passamos a produzir melhor.
Quando falamos, principalmente, de afeto no mundo dos negócios, parece que o tema e a prática ficam ainda mais distantes, pois a cultura que por muito tempo foi dita como a melhor, deixou de considerar o bem mais importante das empresas: as pessoas.
Pessoas são feitas de sentimentos e emoções. Termos consciência do que geram sentimentos e emoções nas pessoas para lidarmos de forma responsável em relação a isso não tem como dar errado.
Afeto é algo tão lindo, necessário e importante que deveria ser prioridade em casa, no ambiente de trabalho, entre amigos e em qualquer lugar onde existam vidas.
Afeto transforma as pessoas e as organizações, afinal, quando passamos a olhar para nós mesmos com mais atenção, quando passamos a conhecer aquilo que nos faz bem e, principalmente, aquilo que nos faz mal, lidamos melhor com as adversidades da vida, conseguimos impor limites, fazemos escolhas melhores, passamos a ter relacionamentos mais saudáveis, nos sentimos mais livres para vivermos uma vida alinhada aos nossos próprios gostos e habilidades, olhamos para o passado com respeito e para o futuro com otimismo e não diferente quando pensamos no afeto em relação aos outros. Nos tornamos mais empáticos, mais gentis, mais respeitosos, dialogamos de forma mais assertiva, temos uma comunicação menos violenta, somos mais cuidadosos e isso faz com que tenhamos um melhor desenvolvimento pessoal e também profissional, porque aquele que pratica o afeto é um só, seja ele pai, marido, irmão, executivo, pois independente dos seus papéis, a pessoa é uma só.
Porém, como colocar o afeto em prática? Te trago mil sugestões, pois tudo aquilo que colabora para o crescimento das pessoas e dos negócios, de forma mais humanizada, sem dúvidas, tem afeto envolvido. Te convido a levantar esta bandeira comigo, trazendo mais afeto não só para as vidas pessoais, mas também para o mundo dos negócios, porque é possível e extremamente importante. E lembre-se sempre: afeto transforma!