Nosso estado já liderou o ranking das notas médias por escola do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mas foi há uma década. Atualmente ocupa a sexta posição na lista nacional das notas por escola e vem perdendo posições, com claros reflexos nos níveis do ensino superior.
O que fazer diante do despencar da educação? Creio que muitas coisas, pois resgatar a cultura do livro é fundamental e quase uma missão diante do fenômeno da internet. Educadores se desdobram ao buscar na aprendizagem criativa soluções para tornar a leitura pelo livro algo atraente. Penso que as bibliotecas escolares, espaços de leitura e incentivo a eventos culturais podem integrar autores e pensadores do passado ao conhecimento e pensamento dos escritores contemporâneos.
Recentemente busquei nos pensadores consagrados o incentivo a reflexão, com o objetivo de democratizar ideias que possam ser úteis para a vida: “O livro é um mestre que fala, mas não responde”. Aqui, Platão deixa claro que o livro provoca muitas respostas.
A mudança vem por nossas atitudes, como diz Paulo Freire: “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. Como não podemos perder as esperanças que tal levar como lição o pensamento de Santo Agostinho: “A esperança tem duas filhas lindas, a indignação e a coragem; a indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las”.
Na Região Sul do estado, um universo de pensamentos está impresso nas publicações da 47ª edição da Feira do Livro de Pelotas, uma ótima oportunidade de começar a missão de resgatar a cultura do livro. O evento ocorre tradicionalmente na praça Coronel Pedro Osório e vai até 17 de novembro.