Após análise das contas relacionadas à campanha em 2020, a Justiça Eleitoral barrou a candidatura de Vitor Ivan Rodrigues, o Vitão, (PDT), de 56 anos, um dos três pré-candidatos ao Poder Executivo de Piratini.
Em seu lugar, a coligação Aliança Por Piratini, que além do PDT, é formada pelo PSD, PSB e União Brasil, também a Federação Brasil Esperança, composta pelo PT, PCdoB e PV, entra o jornalista Douglas Rafael Duarte, de 32 anos. Duarte é o atual presidente da Juventude Estadual do PDT. Em 2016, obteve 422 votos ao concorrer uma das cadeiras ao Legislativo, ficando como um dos suplentes do partido. O veterinário Jovan Lima (PT) foi mantido como pré-candidato a vice-prefeito.
“Lamentamos, afinal, o Vitão é o maior expoente do partido na cidade, mas, ao mesmo tempo, fico feliz pela confiança em mim depositada, um demonstrativo de que no PDT há outras lideranças também em nível municipal, e isso evidencia o processo de oxigenação de nossa sigla”, destacou Duarte.
O pré-candidato a prefeito admite que a corrida, principalmente contra Márcio Porto (MDB), atual prefeito, não será fácil, pois além do adversário ter a máquina à sua disposição, a legenda a qual ele é coligado também tem mais poder financeiro. Mesmo assim, assegura estar pronto para o embate e confiante de que é possível vencer o mandatário.
“Temos uma coligação robusta e que se propõe representar a todos, mas entre estes, nosso foco é nos menos favorecidos a partir de uma gestão acolhedora e humanizada, que tenho certeza, será compreendido pela população durante a campanha. Nossa luta nunca foi fácil, mas como o Brizola, minha referência, conseguiu, mesmo com adversidades ser governador de dois estados diferentes, afirmo: estou animado, disposto e cheio de energia para essa “briga”, já que nossa arma é o diálogo”.
Ao JTR, Vitão lamentou ficar fora do páreo desta vez e explicou que o impedimento não desprestigia sua conduta, pois foi uma falha do seu representante jurídico, que nem mesmo esteve presente em seu julgamento.
“Faltou anexar as mídias digitais, ou seja, digitalizar e entregar à Justiça Eleitoral, principalmente a documentação no tocante às notas do que foi pago na campanha de quatro anos atrás. O meu advogado não participou como deveria deste processo e como eu nunca recebi qualquer notificação, exceto a que chegou a mim no início deste mês, me mantive tranquilo e só percebi que estava impedido quando tentamos obter a certidão de quitação eleitoral, que foi negada”, detalhou o ex-prefeito.
Vitão conclui admitindo que errou e aprendeu com o que lhe retirou da corrida às vésperas de ela começar oficialmente. “Aprendi que não se delega certos poderes a terceiros. Sim, errei neste sentido, pois deveria ter fiscalizado mais de perto”.