Com persistência e talento, casal de Piratini que venceu a Covid-19 adquire a casa própria

Cátia e o marido Joniel Corrêa deram um passo importante, mas afirmam que querem ir além. (Foto: Divulgação)

“Se passamos pela Covid tendo e colocando Deus à frente, o resto virá”. Com essa frase, a empresária Cátia Silva Corrêa, de 46 anos, define a jornada ao lado do marido Joniel Corrêa, de 44, no ramo em que atuam. No entanto, a empresária destaca que há ainda muitos passos a serem dados, mas o caminho está sendo pavimentado para que ela e o marido permaneçam em busca do sucesso. E como faz questão de observar – sempre com fé no criador.

Em março de 2021, o JTR contou a história dos pequenos empresários que, em meio à pandemia, se reinventaram ao usar parte da casa alugada às margens da ERS-702 para instalar um singelo comércio. A partir do empreendimento, o casal tentou fugir da realidade, inclusive de milhões de brasileiros que viviam da informalidade, mas que em decorrência da doença que atingiu o planeta, se viram diante da fome.

Cerca de três anos depois, a persistência dos responsáveis pela JC Caseiros da Hora finalmente rendeu o primeiro fruto. “Com nosso esforço, há dois meses conseguimos sair do aluguel e financiar nossa casa para, ainda em espaço não adequado no que diz respeito à dimensão, não só morarmos, mas também continuar a produzir bolos, pães e salgadinhos”, comemora a empresária, hoje residente no bairro Princesa Isabel.

Novamente na sala do imóvel recém-adquirido, estão expostos e à venda parte do que o casal produz para consumo imediato. Mas para Cátia e o marido conseguirem pagar os R$ 1mil mensais, valor da prestação do novo lar, eles ainda estão na dependência de que o carro-chefe da empresa finalmente alce novos voos.

“Oferecemos suporte a quem precisa de buffet, inclusive com a equipe completa: cozinheiras e garçons, seja este serviço para churrasco, salgadinhos ou doces, em aniversários, inclusive de 15 anos, casamentos, eventos sociais e confraternizações. Mas admito: neste sentido, ainda não decolamos, pois falta recurso para investimento em mídia, mostrar pra população que em Piratini há quem faça isso”.

A empresária aproveita para fazer uma observação importante. “Na Caseiros, há opções para todo tipo de classe social e condição financeira, mas a atenção, qualidade e o tratamento dispensado ao cliente são o mesmo”.

No currículo que serve de propaganda eficaz, constam serviços prestados, inclusive à Prefeitura, durante a Semana Farroupilha e Semana da Cultura, já que a empresa está habilitada a participar de licitações, sendo este um importante detalhe que leva o casal a acreditar que o futuro é promissor.

“Sim, entendo que ter atuado em eventos deste porte nos faz, a partir da nossa fé, ter convicção de que as portas se abrirão para que possamos ampliar a estrutura da nossa casa, o que é preciso, pois a produção está concentrada em apenas quatro metros quadrados”, detalha a empresária, que conclui: “Precisamos de mais espaço para este fim, mas também para o estoque, para o mercadinho, ou seja, para a venda no balcão, para confeitaria e uma sala de atendimento. Vamos conseguir, vamos vencer, mas será passo a passo, pois mesmo tendo crédito na praça, não vamos, ao menos agora, usar linhas oferecidas por bancos para esta finalidade, já que não há condições para tal e nosso nome tem que permanecer limpo. Então, um degrau de cada vez, já que nos endividar, nem pensar”.

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