Morro Redondo: Presidente do Conselho da Cultura destaca ações desenvolvidas

Membros do Conselho da Cultura durante visita da secretária estadual de Cultura ao município, Beatriz Araujo, em fevereiro deste ano, em frente ao Museu Histórico. (Foto: Diones Forlan/JTR)

Em Morro Redondo, a movimentação para as expressões culturais se dá, prioritariamente, por iniciativas da sociedade com algum apoio da administração pública. A observação é da presidente do Conselho da Cultura local, Patrícia Hackbart. “Temos a expressão musical como a de maior número de participantes, tradição desde épocas não muito antigas, quando existia uma maior frequência de bailes nos salões e comunidades religiosas, também corais e grupos de canto”, destaca. Segundo ela, todas estas tradições musicais estão fortemente ligadas ao período colonial, bem como o grupo de danças germânicas.

Com grande envolvimento de sócios, a Associação Amigos da Cultura tem como principal função o mantenimento do Museu Histórico Municipal. Além disso, o município também possui uma expressão bastante significativa em artesanatos variados, representando a economia criativa. “Fruto deste modelo de criação, o doce colonial surgido nas cozinhas e pátios de famílias tradicionais, que os produzem até hoje e é muito apreciado por todos”, exemplifica. De acordo com Patrícia, algumas destas famílias transformaram a prática em indústrias de conservas, movimentando economicamente o município.

“O saber fazer do doce colonial foi reconhecido e registrado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), juntamente com Pelotas e, também, somos Polo da Cátedra da Unesco – IPT Humanidades e Gestão Integrada do Território”, salienta. Ela acredita que o atual momento da Cultura em Morro Redondo esteja em processo de estruturação, muito incentivado pelas exigências de organizações que o Ministério da Cultura vem solicitando, relacionado ao Sistema Nacional de Cultura – um movimento que consolida as exigências dos profissionais da Cultura por políticas públicas para o setor.

Desta forma, o Conselho Municipal de Políticas Culturais foi reativado no início de 2023, com elaboração de um Plano de Cultura e adequando-se às normativas federais e estaduais para o recebimento de fundos para o setor. “Já participamos da Lei Paulo Gustavo, deliberando em assembleia sobre como aplicar os recursos, e estamos agora no memo processo de elaboração dos editais para a Lei Aldir Blanc II”, ressalta Patrícia.

“Penso que seja um início de ‘injeção’ de ânimo, principalmente financeiro para estes profissionais tão importantes para a sociedade como um todo”, finaliza.

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