O protagonismo das mulheres rurais reflete a diversidade da atuação feminina em campo. Antes vistas como ajudantes, as trabalhadoras têm se destacado em diferentes etapas do processo produtivo de alimentos e outras atividades relacionadas à geração de renda e desenvolvimento econômico social no setor.
Cada vez mais é notória a presença feminina nas atividades rurais, como é o caso da produtora Jessica Ferreira de Freitas, que aos 26 anos largou o trabalho na cidade – há cerca de três anos -, para se dedicar a plantação de hortifrutis.
Jéssica, que possui um campo na localidade Perdiz, optou pela profissão porque estava cansada da pressão de lidar com pessoas. “Preferi a paz e a tranquilidade. Quem trabalha com a terra tem a tranquilidade de estar em casa”, relata.
Para ela, as mulheres que trabalham no campo são vistas como guerreiras, pois “hoje em dia são poucas pessoas que querem ir para o campo”.
Gabriela Pereira Mendes trabalha há três anos como produtora rural com seu marido, tem um tambo na Capela São Luis, onde faz doces e planta hortaliças para vender. Ela diz que no começo foi bem difícil, porque não estava acostumada com o trabalho, mas que agora é apaixonada pelo que faz.
“Como já estive trabalhando na cidade, posso dizer que não troco essa vida de lida com os bichos e com as plantas por nada. É bem trabalhoso, pois não paramos. É ordenhar e tratar os terneiros, como também manejar os animais, juntamente a ser mãe e dona de casa, mas é gratificante, tem que gostar do que faz”, comenta Gabriela.
A produtora também fala sobre as mulheres estarem ocupando mais espaços no setor agrícola, já sendo traçado um bom caminho. “Com certeza, cada vez mais avançaremos. Temos muitas mulheres se realizando e crescendo no campo. Diferente de muitos, nós mulheres, conquistamos [espaço] e isso nos faz ser mais fortes”, finaliza.
