Protesto bloqueia tráfego na Ponte Internacional Mauá em Jaguarão

Protesto ocorreu na terça-feira (22). Foto: Juliana Lima/JTR

Dois países unidos com um propósito: a liberação da Fronteira entre Jaguarão e Rio Branco. Na tarde de terça-feira (22), empresários jaguarenses, proprietários e funcionários de free shops pararam o tráfego na Ponte Internacional Mauá com um protesto.

Segundo eles, o ato se deu pelo motivo das outras cidades gêmeas de fronteira já estarem liberadas para os turistas, menos entre Jaguarão/Rio Branco, pois o governo do Uruguai ainda está proibindo a entrada de vizinhos.

Também, ressaltaram que a proibição está afetando o comércio dos dois países. Do lado uruguaio, mais de 500 pessoas já perderam seus empregos e alguns free shops estão para fechar as portas.

Presente no ato, a gerente geral do Hotel Sinuelo, Ana Valesca Porciúncula, disse não ser justo a fronteira ser a única fechada. “Queremos igualdade. Claro, com responsabilidade e todos os protocolos respeitados, mas que possamos trabalhar. Que o Uruguai faça o controle na fronteira e libere para os turistas chegarem até os free shops. Nossa ocupação caiu drasticamente, pois nosso carro-chefe e de todos os hotéis são as lojas. Estamos todos abalados, tanto os free shops quanto os hotéis, restaurantes, comércio e taxistas. Acredito que estamos perdendo com tudo isso”, disse.

Em entrevista, o vice-prefeito Henrique Edmar Knorr Filho diz que esteve muito satisfeito em ter participado do ato. “Estava mais como cidadão jaguarense do que vice-prefeito. Existe uma realidade que, infelizmente, ainda é irreversível, o Covid 19. Sabemos que uma das alegações é essa, mas por que as outras fronteiras estão trabalhando normalmente? Rio Branco, atualmente, vive desse intercâmbio comercial. Os free shops proporcionaram muitos empregos. O empregado gera renda e renda gera desenvolvimento. Essa situação está ocasionando um grande número de desemprego. Não só em Rio Branco, como em Jaguarão. Não está sendo prejudicado só o comércio e sim uma estrutura que gera emprego e renda. Como exemplos, a rede hoteleira como um todo, os postos de combustíveis, restaurantes e afins”, falou.

Um outro fato citado por Knorr é que há uma parcela de uruguaios possuem residência em Jaguarão e trabalha em Rio Branco, “Essa mobilização foi uma manifestação pacífica para que as autoridades competentes, de ambos países, solucionem esse impasse o mais rápido possível para superar essa crise que está prejudicando muito o desenvolvimento de ambas cidades. Uma ação sem fins partidários, mas sim de integração solicitando uma solução rápida”, finalizou.

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