Após muitos anos de lutas, em 2018 o município de Jaguarão, dentre poucos nas regiões de fronteira, recebia seu investimento mais audacioso, a instalação do primeiro free shop, um mega investimento que alavancou o turismo e economia, visto que inicialmente proporcionou 11 novos empregos.
Com a meta de conquistar os turistas que passavam pela cidade e realizavam compras no país vizinho, os empresários investiram no novo empreendimento, proporcionando um atendimento diferenciado e preços imbatíveis.
O projeto foi abraçado pelos jaguarenses e aos poucos, depois de muitas barreiras, os turistas também começaram a conhecer o Caraballat, hoje referência na região. O free shop, segundo moradores, tornou o município mais visível. Ainda, empresários que possuem lojas ao redor do estabelecimento afirmam que, consequentemente, os visitantes também realizam compras em seus locais.
Um dos proprietários do free shop, Marcos Lemos, garante que no começo não foi nada fácil. “Infelizmente, nossa expectativa foi de que no final do primeiro ano já tivéssemos em nossa cidade, pelo menos, mais três free shops abertos de outros empreendedores, realidade que não se concretizou. Quase todos os investidores foram para Uruguaiana”, alegou.
Conforme o empresário, além do free shop no Uruguai ser considerado muito forte, um problema visto foi a falta de estacionamento para os clientes, levando em conta que o Centro sempre está com vagas lotadas desde cedo.
Para expandir mais seus negócios e atingir mais turistas e jaguarenses, Lemos ressaltou que já está em tratativas para abrir a segunda loja. “Saímos a procura de um local, visitamos quase toda a zona delimitada para os free shops. Já encontramos [o prédio], realizamos o contrato de aluguel e só estamos esperando o alvará da Prefeitura para seguir”, disse, ressaltando que o novo empreendimento proporcionará mais 30 novos empregos.
“Conseguimos um fora da zona delimitada. Estamos travados pela burocracia, já que não conseguimos ainda a autorização para abrir uma filial. Ressaltamos que nossa primeira loja continuará funcionando no mesmo local. Este novo prédio seria para uma filial, ou seja, iria somar para cidade, tanto emprego, como atrativo turístico”, finalizou Lemos.
De acordo com o secretário da Fazenda, Eduardo Pereira, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico não conseguiu liberar a viabilidade porque a área não é permitida para free shop. “O alvará é um evento posterior, o que ainda não foi solicitado”, afirmou.
A reportagem entrou em contato com as assessorias de imprensa do prefeito Favio Telis (MDB) e da presidente da Câmara de Vereadores, Miriam Coelho Martinez (PT) para saber seus posicionamentos sobre o novo empreendimento. Até o fechamento desta edição, não houve retorno.