Do sonho de infância aos palcos de Canguçu

A corte de Canguçu, formada por Bruna Riemer, de 18 anos, Ravena Madruga, de 20, e Isabelle Ledebhur, de 14. (Foto: Liziane Stoelben/JTR)

A corte de Soberanas de Canguçu foi eleita em concurso para representar o município em eventos e festividades. E junto da seleção, veio a realidade de um sonho em comum. As três escolhidas cresceram com o desejo de carregar a faixa do concurso. Com a agenda cheia, agora elas têm o compromisso de levar o nome do município pelas estradas do mundo.

Oriunda do interior do município, Ravena Madruga foi coroada Senhorita Município e conta que sempre desejou carregar esse título. Anteriormente já havia se candidatado, mas em 2022 o resultado positivo se tornou realidade. Além de representar o município, Ravena é modelo, cantora e pretende continuar vivendo em Canguçu depois de terminar a faculdade de Gastronomia.

“Eu ainda não acreditei, a ficha ainda não caiu. Acredito que vai cair com a passagem do tempo, com os eventos que vão acontecendo […] sou uma menina que vem do interior, muito simples e humilde. Pretendo concluir minha faculdade e abrir alguma coisa assim por aqui, eu só não quero sair da cidade”, disse.

Aos 20 anos, ela carrega o amor pelo tradicionalismo gaúcho e aptidão pelo ramo artístico, já tendo realizado apresentações músicais e desfilado em passarelas pelo Brasil. Junto de si, a jovem tem uma pureza e um sorriso encantador. De múltiplos talentos, Ravena lembra que sempre contou com o apoio de sua mãe para seguir seus sonhos.

Outra jovem que compõe a corte é Bruna Riemer. Natural de Canguçu, a eleita como Princesa dos Tapes descreveu a conquista do título como algo jamais visto. “É um misto de emoções, algo que a gente cultiva desde criança”. Ela conta que recebeu o incentivo incansável de seu CTG para que permanecesse participando do concurso. “Já tinha participado, mas agora decidi me dedicar mais. As meninas do CTG diziam ‘vamos lá, não desiste’ e agora o título veio”, comemora.

Aos 18 anos, Bruna é estudante de Pedagogia e amante da cultura do município. Como típica tradicionalista, a Princesa dos Tapes tem um tom de voz digno de declamadora e carrega a dança gauchesca como identidade desde muito pequena. Ela conta que somente a participação na competição já pode ser considerada uma vitória e que por morar no interior de Canguçu, o acesso às informações nem sempre é igualitário.

“Nunca tive muito acesso aos livros, muitas vezes dependia mais da internet e nela nem sempre se pode confiar”, aponta, e reforça: “todas as meninas que competiram são vencedoras”.

A mais jovem do trio, aos 14 anos, Isabelle Ledebhur foi coroada Senhorita Simpatia. Com o apoio dos pais, ela decidiu competir. “Meus pais sempre falavam que eu era capaz e tinha potencial. Mas foi uma surpresa o resultado porque tinham muitas candidatas, todas muito bonitas e capazes”, celebra.

Ela já pretendia participar do concurso há bastante tempo, e resolveu se candidatar para essa edição. “Eu achava o máximo ver as gurias ganhando as faixas e lembrar isso me incentivou bastante. Eu estudei, fiz passarela improvisada em casa e sei que mereço estar aqui”, afirma.

Ao ser chamada ao palco, Isabelle se emocionou com o momento e seus familiares a aplaudiram de pé. “Foi muito especial, depois de tanto perrengue que aconteceu nesse dia”, conta. E fazendo jus a sua faixa, a Senhorita Simpatia 2022 transmite um ar de simplicidade e cativante, com o sorriso delicado e acolhedor.

Por ser a mais jovem, ela ainda cursa o ensino fundamental e também cultiva um carinho especial por Canguçu. Embora more na cidade, ela relembra sua paixão pela zona rural do município. “Eu gosto muito da cultura pomerana, passo a maior parte do tempo no interior”.

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