Terça, 24 de abril de 2018, 05:26h
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Com informações da Assessoria de Imprensa
Funcionários dos mais diversos setores, médicos, agentes políticos e a comunidade protestaram na tarde da última sexta-feira (5), na rampa da Santa Casa de Misericórdia de São Lourenço do Sul, chamando atenção para a grave crise que a instituição enfrenta e, principalmente, cobrando soluções para mantê-la em funcionamento e com o pagamento dos profissionais em dia.
A Santa Casa está sob a iminência de ter serviços paralisados, já que médicos deram o prazo até 13 de janeiro para receberem os pagamentos atrasados, caso contrário vão reincidir seus contratos. Além deles, os funcionários também acumulam atrasos de salários, da maior parte do 13º salário e de férias, além de não terem INSS e FGTS depositados, mesmo sendo descontado. Eles cobram não só o pagamento dos atrasados, mas a abertura das contas da instituição, como lideranças do SindisaúdeRS, que representa a categoria, destacaram em seus discursos. “A gestão do hospital nunca teve sequer a consideração de nos chamar para conversar, de nos explicar a situação real”, indica uma carta aberta dos funcionários, distribuída durante o ato em que o Sindicato não descartou a possibilidade de mobilizar a categoria para paralisar o trabalho.
Há duas semanas, o presidente da instituição, José Ney Pereira Lamas, pediu demissão do cargo, ficando em seu lugar o vice-presidente, Herbert Buss. Na próxima semana haverá uma assembleia do conselho com eleição, que deve oficializá-lo como presidente.
Reuniões na busca de solução
Duas reuniões foram realizadas nos últimos dias, na Santa Casa, em busca de soluções. Na sexta-feira, o prefeito em exercício, Tonho Lessa, a secretária de Saúde, Arita Bergmann, e o vereador Dari Pagel, reuniram-se com a direção e o consultor Edemar de Paula Costa, presente à convite da Santa Casa. Foram assinados dois convênios referentes à transferência de recursos, que já haviam sido aprovados anteriormente na Câmara. O repasse de recursos visa atender as áreas de Pronto Socorro, Maternidade, Traumatologia, Obstetrícia, pagamento de honorários médicos, entre outros.
Também foram prestados esclarecimentos, assim como foi avaliada a situação atual e futura da Santa Casa. Foi sugerida pela Comissão, eleita na Assembleia do Conselho Deliberativo da Santa Casa, e pela Mesa Diretiva do hospital, a apresentação de um novo modelo de gestão, elaborado através de consultoria técnica e por um profissional em administração hospitalar.
Já na terça-feira (9), pela manhã, ocorreu mais uma reunião, desta vez também com representantes de entidades e funcionários. Foi dada continuidade às tratativas para a contratação de um consultor e um administrador. No mesmo dia, a secretária de Saúde e a presidente do Conselho Municipal de Saúde se reuniram com um candidato a vaga de administrador, junto do provedor. A presidência da Santa Casa anunciou que já conta com recursos para quitar o 13º dos servidores.
A secretária Arita Bergmann anunciou os recursos que serão recebidos do executivo pela Santa Casa em janeiro, cerca de R$ 400 mil e também o repasse mensal, além de um adiantamento e recursos do Estado, o que acabará somando cerca de R$ 1 milhão. Ela questionou sobre um plano de aplicação para este recurso. Foi proposta também uma reunião específica da mesa com a comissão e o representante dos médicos, Dr. Alcir Iuppen, para avaliar uma proposta para o pagamento desses profissionais. Segundo Arita, é urgente tratar da situação, visto que no dia 14 de janeiro os médicos irão paralisar os serviços.
Redator: Tradição Regional
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